Cesse a guerra contra as emoções
— Como eu lido com a culpa/raiva/senso de injustiça de ver as pessoas passando fome? Como eu lido com a dor da morte de alguém que amo tanto? Como simplesmente observar essas emoções dilacerantes? Como encontrar esse Observador?
Do ponto de onde vejo hoje, não se trata de lutar contra nenhuma dessas emoções. Elas são humanas e possíveis. Um processo de luto pela perda de um bebê, por exemplo, vai além de apenas um luto emocional – é físico. Perdemos o apetite e a energia, pois o corpo tão sábio e perfeito pede pausa e tempo para ele mesmo se autorregular do big bang de hormônios. Vê a perfeição aqui?
Mas, a pergunta do “como eu lido” muitas vezes parte do pressuposto de que “isso que tenho que lidar” é errado e preciso excluir. Essa dor é errada, preciso me livrar dela. Essa culpa me oprime, preciso fazer algo para não sentir mais isso.
E se pudermos trocar o paradigma do certo-errado-exclusão e usar outra dinâmica: sim, digo sim a tudo como é, para além dos conceitos morais de certo e errado, dou um lugar em meu corpo para todas essas emoções, pelo tempo que elas precisarem estar aqui. Não quero resolver nada, só sinto e solto.
E veja:
1 – O soltar não é um fazer, é apenas estar com a porta aberta para que tudo que veio, vá. Assim, posso ser um recipiente de emoções humanas, e ao mesmo tempo, o Observador Silencioso de todas elas.
2 – Quando tudo tem um lugar em mim, sem capturar-me nos mecanismos de correção ou fuga, surge um espaço entre aquilo que é experimentado (as emoções humanas) e a Consciência que testemunha todas elas. E é a partir deste espaço, neutro, vazio e pacífico que pode nascer um movimento – ou seja, uma ação, um ‘fazer’.
Temos dado uma volta gigante, pois estamos no paradigma da guerra. E em uma guerra, algo/alguém precisa ser exterminado/excluído – neste caso, as emoções.
Cesse a Guerra
Diga sim
Abra espaço
Experimente
Testemunhe
… e mantenha a porta aberta.
Tatiane Guedes ∞ Sathya Ma
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A [Des] Formação Spontaneum, como o nome sutilmente já revela, é um convite para irmos além das formas. Além das formas-pensamento, e das formas-emoções. Além das in-forma-ações, e da ideia de sermos apenas um corpo-forma separado e limitado. Um programa com mais de 120h de carga horária, contemplando módulos online e um retiro de imersão de 7 dias.
Um convite para o reconhecimento do que realmente Somos: a Consciência não-dual, sem forma, sem nome e sem atributos, sempre presente e que a tudo ilumina.
“Autorrealização é um processo de dissolução da ideia de um eu limitado e separado, e, ao mesmo tempo, a iluminação do conhecimento que revela a Verdade essencial: Você é o Ser. O Ser é tudo o que há.”
— Tatiane Guedes
Tag:emoções, observador, soltar