O que é o despertar, afinal?
— Pergunta: Como você descreveria a liberação?
— Jean Klein: Vou lhe dar uma resposta breve.
É estar livre de si mesmo, livre da imagem que você pensa que é.
Esta é a liberação.
É uma verdadeira explosão ver que você não é nada e então viver em perfeita harmonia com esse nada.
[…]Liberação é viver livre na beleza de sua ausência.
Jean Klein em “Be Who You Are”
Se formos sensíveis o bastante para perceber, notaremos nas mais diversas formas de expressão, que o que todos têm buscado, em última instância, é a libertação daquilo que pensam que são.
São os pensamentos que você tem a respeito de quem você é que causam sofrimento.
Por exemplo, se na infância você registrou sensações cujos significados foram: ‘Eu fui abandonado’ ou ‘Eu não sou digno de amor por ser quem sou, tenho que me melhorar/adaptar/ajustar’, são esses pensamentos que o farão reagir ao mundo de uma forma que o abandono e a rejeição sejam auto-nutridos. E uma vez que essa sensação é repetidamente auto-nutrida, é como se a sua capacidade de questionar a verdade desses significados ficasse adormecida.
A maiora das pessoas estão vivendo dessa forma: dormindo acordadas, sonhando o sonho da ‘pessoa’ identificada a padrões de pensamento que, enquanto não são vistos e questionados sob a luz da consciência, vão retroalimentando as dores de todo um sistema pessoal-familiar-social-global.
Despertar é justamente acordar desse sonho, e vamos acordando quando:
- Damos espaço à dor registrada em nossas células, simplesmente para senti-la, para dar – e ser – passagem a ela, para agradecê-la, honrá-la, e fazer dela algo bonito em prol da Vida! Aqui cabem os movimentos essenciais ligados ao acolhimento da criança interna, e ao sim para vida e para os nossos pais. [falo exatamente disso no Movimento do Amor]
- Ao sentir tudo o que precisa de espaço em nós, vamos nos dando conta de que não somos essa dor, esse registro ou essa história, pois elas passam, e nós seguimos aqui, e agora.
- Se somos ‘isso’ que está sempre aqui e agora, este espaço ilimitado para o que quer que seja, com a capacidade infinita de sentir e soltar, de viver com o coração aberto, então o reconhecimento mais essencial acontece:
Somos Vida-Consciência que toma milhares de formas para se experimentar como Vida-Consciência – e isso é anterior a ‘nossa’ forma humana.
Por fim, percebemos que não somos [apenas] essa forma humana passageira, somos o ilimitado e atemporal que dá vida a essa forma. Eis aqui o que chamamos na Spontaneum de [des] formação.
Quando Jean Klein diz no trecho acima: “Liberação é viver livre na beleza de sua ausência”, é para isso que ele aponta; para a libertação dos pensamentos (conjunto de registros e significados) a respeito de quem somos. Quão bela é tal ausência!
Helena Blavatzky tem uma frase que diz:
❝Quando para si mesmo,
sua própria forma te parecer irreal,
tal qual são ao despertar,
todas as formas vistas em sonhosQuando houver cessado
de ouvir os muitos,
poderá discernir o Um.❞
Como tenho dito:
Quando acontece a percepção de que não somos nada daquilo que pensávamos ser, o reconhecimento d’Aquilo que Realmente Somos naturalmente acontece.
e isso é estar desperto.
Tatiane Guedes ∞ Sathya Ma
Conheça o programa de [Des] Formação Spontaneum
A [Des] Formação Spontaneum, como o nome sutilmente já revela, é um convite para irmos além das formas. Além das formas-pensamento, e das formas-emoções. Além das in-forma-ações, e da ideia de sermos apenas um corpo-forma separado e limitado. Um programa com mais de 120h de carga horária, contemplando módulos online e um retiro de imersão de 7 dias.
Um convite para o reconhecimento do que realmente Somos: a Consciência não-dual, sem forma, sem nome e sem atributos, sempre presente e que a tudo ilumina.
“Autorrealização é um processo de dissolução da ideia de um eu limitado e separado, e, ao mesmo tempo, a iluminação do conhecimento que revela a Verdade essencial: Você é o Ser. O Ser é tudo o que há.”
— Tatiane Guedes
Tag:consciência, despertar