Se não sou nenhum destes eus que acreditei ser, quem Sou Eu então?
Olhe para você mesmo agora. Atravesse a camada da imagem. Veja mais fundo através dos seus olhos. Fique em silêncio por alguns instantes, e reconheça a fonte do amor que te habita.
Tatiane Guedes
Parece que este é o grande paradoxo, quase uma charada, e talvez a matriz do jogo divino ao qual topamos fazer parte. É um desafio, mas vou tentar colocar isso que venho compreendendo em palavras.
Ganhamos um corpo, adentramos em um sistema familiar, somos registrados com um nome, crescemos em uma determinada cultura, e tudo isso vai criando um senso de eu, uma identidade pessoal. E assim é perfeito e, eu diria, inevitável, seguindo o modelo de vida existente neste plano, neste tempo.
Perfeito sim, pois para experimentarmos a existência, precisamos ter um senso de eu separado e único. No entanto, viver essa existência acreditando que essa é a verdade – que somos o nosso nome, a nossa história e estamos separados – é negar a oportunidade de reconhecer a Fonte de Amor que nos habita.
Faça um exercício: olhe-se em um espelho, atravesse a camada da imagem, aproxime-se e olhe profundamente dentro de seus olhos, fique aí por uns instantes sem qualquer intenção. Apenas esteja presente. Aos poucos você vai começar a reconhecer o brilho da centelha divina que é você, uma expressão da Consciência Una.
Repita esse exercício mais e mais. Medite. Investigue essas vozes que teimam em tagarelar em sua mente, busque ajuda se for preciso, e frequentemente pergunte: Quem em mim está atuando agora? Reconheça cada eu que está loucamente tentando sobreviver e ao olhá-los corajosamente, você testemunhará a dissolução deles, camada a camada.
Eis que você começa a se questionar: se não sou nenhum destes eus que eu acreditei ser, quem Sou Eu então? É neste momento que você compreende: eu não existo, nada disso que pensei ser existe, pois o que Sou não é possível conhecer com a mente, nem descrever em palavras.
Este é o paradoxo: um jogo que nos leva a acreditar que somos alguém, para des-cobrirmos (e lembrarmos) que Somos uma expressão única de uma só Consciência.
Você não existe e você existe. E ambas as sentenças são verdadeiras.
Com amor,
Tatiane Guedes
Conheça o programa de [Des] Formação Spontaneum
A [Des] Formação Spontaneum, como o nome sutilmente já revela, é um convite para irmos além das formas. Além das formas-pensamento, e das formas-emoções. Além das in-forma-ações, e da ideia de sermos apenas um corpo-forma separado e limitado. Um programa com mais de 120h de carga horária, contemplando módulos online e um retiro de imersão de 7 dias.
Um convite para o reconhecimento do que realmente Somos: a Consciência não-dual, sem forma, sem nome e sem atributos, sempre presente e que a tudo ilumina.
“Autorrealização é um processo de dissolução da ideia de um eu limitado e separado, e, ao mesmo tempo, a iluminação do conhecimento que revela a Verdade essencial: Você é o Ser. O Ser é tudo o que há.”
— Tatiane Guedes